• Dom Francisco Salm convoca diocesanos a participarem do Sínodo Universal

Dom Francisco Salm convoca diocesanos a participarem do Sínodo Universal

Tuesday, October 26, 2021 | Padre Auricélio Costa

No último dia 17 de outubro, domingo, às 15h, na Catedral de Tubarão, aconteceu a Missa de Abertura da Etapa Diocesana do Sínodo dos Bispos. Em sua homilia, D. João Francisco falou: 

“Não é comum que estejamos reunidos para a Santa Missa numa tarde de domingo, aqui na Catedral. Temos conosco delegações das 29 paróquias, presentes nos 19 municípios que abrangem o território de nossa Diocese. Significa que algo muito importante está acontecendo. Por causa da convocação para o Sínodo, estamos todos reunidos, desejosos de continuar nossa vida de Igreja”. 

 

O Bispo recorda que nem o Novo Corona Vírus impediu a Igreja de realizar sua missão. 

“Não paramos durante a pandemia, mas tivemos que nos adaptar às exigências sanitárias. Então, esta nossa celebração é, realmente, carregada de significados; é muito importante! Então, agradeço por terem vindo e respondido ao nosso chamado; sinal de que temos muitas razões para nos alegrar em sermos a mesma Igreja”. 

 

E iluminou sua reflexão com a liturgia da Palavra: 

“No Evangelho de hoje, vimos Jesus com os seus discípulos, um pequeno grupo da Igreja nascente. E que, no caminho, Jesus vai instruindo seus discípulos. Eles ouvem, mas se distraem e parecem não entender. Jesus, então, os adverte e os corrige, mas também os anima a caminhar para a frente. Ele sabe para onde se dirige: para fazer o maior ato de amor da humanidade, para dar sua vida na cruz por Amor a nós, para nos redimir; e por Amor ao Pai, animado pelo Espírito Santo. Mas este não é seu limite. Como sabemos, o que segue é a sua ressurreição!” 

 

D. João explica que esta experiência pascal ajuda a entender o sentido de Sínodo. 

“Jesus não é um andarilho. Não é alguém que anda errante. Ele é o peregrino do amor, peregrino da vida. E nós, com Ele, também somos peregrinos de um amor sempre mais verdadeiro, sempre mais autêntico, pois a vida da caridade nos leva à vida plena, para além da morte. Aqui podemos encontrar um brilho muito intenso, de uma luz muito forte, para entender o que hoje estamos fazendo, ao iniciarmos nosso Sínodo Diocesano, participando do Sínodo que é mundial”. 

 

Então, ele explica seu argumento: 

“Na verdade, o ser humano sempre foi caminhante; faz parte constitutiva de sua natureza, como Abraão (de arameu errante, tornou-se peregrino). Seus descendentes também se fizeram peregrinos, o que os manteve unidos rumo à terra prometida. Mas esse ainda não foi o maior caminho. O maior, foi o de Jesus, o enviado do Pai. E nós, Igreja de Jesus, caminhamos com Ele, n’Ele, à luz d’Ele, orientados, instruídos e animados por Ele: ‘Caminho, Verdade e Vida!’ Por Ele estamos orientados para a Casa do Pai”. 

 

D. João recorda os primórdios das experiências sinodais da Igreja. 

“Hoje nos reunimos para iniciarmos nossa participação no Sínodo que é para a Igreja inteira. Todas as Dioceses do mundo estão fazendo esse mesmo processo. Sínodo significa ‘caminhar juntos’; mas, vai além disso: é um modo de caminhar juntos, é um estilo de conviver, e é justamente isso que buscamos melhorar a cada dia. 

Os Sínodos foram uma inspiração de São Paulo VI, no Concílio Vaticano II, para que o Papa tivesse uma ajuda dos Bispos do mundo inteiro para orientar a Igreja. Então, nos Sínodos, os Bispos passaram a se encontrar com o Papa em vista do bem eclesial. Com os Papas seguintes, percebeu-se que os Sínodos poderiam evoluir mais, segundo as necessidades do tempo e a compreensão que se vai tendo da Igreja. 

Por isso, o Sínodo passou a ser um caminho para todos. De assembleia dos Bispos com o Papa, passou a ser um caminho da Igreja inteira, ouvindo a todos nas Dioceses. E esta participação das Dioceses é muito importante e decisiva”. 

 

D. João Francisco traz algumas ideias do Papa Francisco para explicar a natureza e a importância do Sínodo. 

“Eu gostaria de compartilhar com vocês algumas ideias retiradas de documentos que tratam do Sínodo. ‘O Sínodo é caminho percorrido juntos sob a guia de Jesus Ressuscitado. É o caminho feito pelo povo de Deus, na pluralidade de seus membros’. Somos diversos e somos muitos. 

Existem vários ministérios em nossa Igreja, formas diferentes de prestar serviço, e ser servidores e servidoras, diferentes dons e carismas, nas múltiplas tarefas e nos múltiplos estados de vida. Todos estes ‘diferentes’ vão caminhando em harmonia, orientados por Jesus, pelo Espírito Santo e pelo Amor do Pai, procurando viver a fidelidade ao Evangelho”. 

 

E ainda mais: 

“O Papa disse que ‘a estrada da Igreja é esta: reunir-se, unir-se, escutar, discutir, orar e decidir’. Tal pensamento revela um dinamismo muito intenso que exige a participação de todos. ‘Isso é o que se chama sinodalidade da Igreja, na qual se expressa a comunhão da Igreja’, diz o Papa. Portanto, sinodalidade não é um rótulo, um slogan ou uma frase para se colocar numa faixa. Não. ‘É o estilo e o modo de ser pela qual a Igreja vive sua missão no mundo’.” 

 

O Bispo apresentou e explicou o objetivo do Sínodo: 

“Ao convocar o Sínodo, o Papa Francisco disse que ‘o objetivo do Sínodo ajuda e inspira as pessoas a sonharem com a Igreja que somos chamados a ser’. Isso significa que podemos ajudar todos os membros da Igreja, não importando qual a função que ocupamos em nossa assembleia, a nos questionarmos como é que Deus Pai quer que sejamos a Igreja de seu Filho. 

‘Fazer florescer a esperança das pessoas (o que é tão importante em nossos dias); estimular a confiança; a curar as feridas; a tecer relações novas e mais profundas; a aprender uns com outros; a construir pontes para iluminar mentes; para aquecer corações e devolver forças às nossas mãos para a nossa missão comum’.” 

 

Segundo o presidente da celebração, é preciso suplicar e contar com a presença do Espírito Santo. 

“Notem quanta coisa bonita neste objetivo. Por isso, devemos nos animar e desejar participar intensamente. O Sínodo não é um parlamento, ou um congresso, onde as pessoas discutem ideias e buscam encontrar pessoas que venham apoiar nossos argumentos. Ao contrário, ‘é uma expressão de Igreja que caminha unida para compreender a realidade à luz da fé’, na Igreja e para além de si mesma, ‘e com os sentimentos do próprio Deus. 

É a Igreja que se questiona sobre a sua fidelidade ao Evangelho. E há um só método: é abrir-se ao Espírito Santo, com coragem apostólica, com coragem evangélica e oração confiante’. Coragem, como a dos apóstolos! Humildade, como Jesus mesmo testemunhou. Oração confiante, como Ele mesmo falava ao coração do Pai e encantava os discípulos. 

Tudo isso, de tal forma que seja o Espírito Santo a nos iluminar, ajudando-nos a caminhar na unidade, mirando nosso olhar em Deus, na fidelidade ao Magistério, o bem da Igreja e a salvação de todos”. 

 

O Bispo falou sobre as três dimensões do Sínodo convocado pelo Papa Francisco. 

“O tema deste Sínodo é ‘Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão’. Estes aspectos se constituem em três realidades inseparáveis, dinâmicas entre si, uma ligada à outra. Assim, não pode faltar a comunhão! Não pode faltar a participação! Não pode faltar a missão! Elas são a expressão do que é uma Igreja sinodal”. 

 

E destaca que precisamos desenvolver a habilidade e a virtude de escutar. 

“O Papa falou que ‘devemos nos esforçar para escutar a Deus para com Ele ouvir o clamor do povo; e ouvir o Seu povo até que estejamos em harmonia com a vontade com que Deus nos chama’, diz o Papa. Que disposição bonita o Papa espera de nós. ‘Temos que escutar o povo de Deus, o Colégio dos Bispos e o Bispo de Roma. Cada um à escuta dos outros; e todos à escuta do Espírito Santo. 

Enfim, o Sínodo dos Bispos com o Papa será a convergência de toda esta dinâmica, de todas estas manifestações, de tudo o que for feito nas nossas comunidades chegará às sínteses continentais e, por conseguinte, à Assembleia dos Bispos. Disso tudo, espera-se que chegue até nós aquilo que Deus mesmo espera de nós, da Igreja, neste mundo que estamos vivendo”. 

 

D. João deixa bem claro que o processo será feito em clima de fé. 

“Porém, não se trata de uma democracia, onde cada um vai defender suas ideias, promovendo brigas para definir quais os vencedores. Não é assim! Cada um deve sentir-se à vontade para participar, à luz da fé, e tudo isso junto a grupos. O Papa Francisco tem a ambição de nos manter na fidelidade: os Bispos com ele, sempre sob a orientação dele e em comunhão com ele. Assim, Deus encontrará espaço para se revelar sobre o que Ele quer para nós hoje”. 

 

Para o Bispo, alguns questionamentos precisam ser feitos para ajudar a Igreja a ser realmente sinodal. 

“Existe uma pergunta fundamental para este Sínodo, que parte da seguinte constatação: anunciando o Evangelho, a Igreja sinodal caminha em conjunto e evangeliza em conjunto. Nossa Igreja diocesana deve ser sinodal e nós nos esforçamos para isso, como, por exemplo, através de nossas inúmeras reuniões, para unirmos nossos corações. Então, através de experiências concretas, como este caminhar juntos se realiza em nossa Igreja Particular? E quais passos o Espírito nos inspira a dar para crescermos na sinodalidade?” 

 

E D. João também afirmou que é preciso ter o coração aberto. 

“Para que toda esta caminhada seja frutuosa, são necessárias algumas predisposições: que haja uma docilidade interior, que se acredite na importância e no valor do Sínodo, que se favoreça para que as coisas se tornem realidade. Todos acabaremos ganhando e Deus encontrará mais espaço para agir no meio de nós.

É claro que não ficaremos presos apenas a críticas, às questões de estruturas e para aquilo que precisa melhorar; mas vamos nos animar apresentando nossas enormes possibilidade, todo o bem que realizamos para o louvor de Deus. Nos aspectos que nos percebermos falhos, vamos pedir perdão.

Nossas dificuldades não se resolvem quando atacamos por fora, mas, sim, quando nos convertemos. E a conversão pessoal muda estruturas, transforma a pastoral e tudo o mais. Mantenhamo-nos unidos na oração. Diariamente, coloquemos o Sínodo em nossas preces”. 

 

Por fim, o Bispo comentou sobre o cartaz-convocação: 

“O cartaz do Sínodo pode nos inspirar: representa uma árvore brilhante que chega até os Céus. Algo como mãos sustentam a Eucaristia. Lembram também como Deus acompanhou o povo no deserto. Também traz a ideia da cruz salvífica de Jesus. E pessoas do povo de Deus, caminhando fraternalmente”.

 

Fonte e link: Divulgação/Blog Padre Auricélio Costa

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