Paróquia de Jaguaruna se reúne para estudo da campanha da Fraternidade.
Thursday, February 27, 2020 | PASCOM JAGUARUNA
Quaresma e o próximo
Nesta quarta-feira de cinzas iniciamos como Igreja um novo tempo litúrgico, a quaresma. No Brasil, a CNBB a cada ano nos trás um tema da atualidade para refletirmos e fazermos nosso propósito quaresmal. Neste ano, a CF tem como tema: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e como lema tirado da parábola do Bom Samaritano, “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). E na noite de quinta-feira 27/02/2020 a pároquia de Jaguaruna reuni as lideranças de pastorais e comunidades para o estudo do novo lema.
O lema, retirado da parábola do bom samaritano, faz-nos refletir sobre quem é o nosso próximo. Já nos vimos diante dessa questão inúmeras vezes, certamente. O próximo é o nosso vizinho, que mora há anos na nossa rua, e que acabamos falando com ele somente pelas redes sociais, pois “não temos tempo” de visitá-lo pessoalmente. O próximo é o nosso colega de trabalho que, sem querer, cometeu um erro e precisa de nosso auxílio para encontrar uma solução. O próximo pode ser também nosso colega de aula, que precisa de uma ajuda para resolver questões da matéria que ele tem dificuldade. Enfim, temos muitos “próximos” em nossa vida!
O texto base da campanha da fraternidade desse ano nos convida a meditar sobre três verbos: ver, compadecer-se e cuidar. Podemos até sentir uma certa harmonia e complementaridade entre esses três verbos.
O primeiro passo é VER. Estar atento e aberto às necessidades do outro. Daí partimos para o segundo passo que é COMPADECER-SE. Colocar-se no lugar do outro, ter empatia. E isso nos guia ao terceiro passo: CUIDAR. Não é suficiente só ver o próximo é compadecer-se dele, temos que partir para uma ação mais concreta! Isso nada mais é do que a cultura do encontro, cuja qual o Papa Francisco sempre nos encoraja: “À mesa, em família, quantas vezes se come, se vê TV ou se escreve mensagens no celular. Todos são indiferentes a este encontro. Até no fulcro da sociedade, que é a família, não existe encontro. Que isto nos ajude a trabalhar por esta cultura do encontro, tão simplesmente como o fez Jesus. Não olhar apenas, mas ver; não ouvir apenas, mas escutar; não só cruzar com os outros, mas parar. Não dizer apenas ‘que pena, pobres pessoas’, mas deixar-se levar pela compaixão. E depois, aproximar-se, tocar e dizer do modo mais espontâneo no momento, na linguagem do coração: ‘Não chore’. E dar pelo menos uma gota de vida”. (Papa Francisco, 13.10.2016)